Finais Difíceis

Tudo grita... "tem que ser!"

sábado, julho 29, 2006

Um gráfico apenas... bom, e três concelhos!

Não é um post muito especial. Há já um tempo que queria experimentar colocar um gráfico no blog e hoje, sem muito que fazer na meia hora imediatamente anterior ao início do almoço, resolvi procurar uns dados sobre as populações dos concelhos de Lisboa, Coimbra e Setúbal e estabelecer umas comparações...

O resultado foi a figura que se segue:


Figura 1. Habitantes dos concelhos de Lisboa,
Coimbra e Setúbal entre 1800 e 2004.


Resolvi também escolher algumas linhas de tendência que se ajustassem melhor à correlação Ano vs. N.º de habitantes. Setúbal e Coimbra tiveram um crescimento semelhante. Lisboa foi bastante mais irregular, atingindo um pico nos anos 60 do século XX e encontrando-se actualmente em depressão.

E pronto, para que este não seja um final muito difícil - já me estão a chamar para o almoço - fico por aqui. Os dados, se alguém estiver interessado, são da Wikipédia. Até breve.

segunda-feira, julho 11, 2005

Um pouco de bioquímica...

Mas afinal o que vem a ser isto?! Já não se fazem blogues como antigamente... Ou por outro lado, fazer fazem-se, mas parece que dá muito trabalho uma actualizaçãozinha de vez em quando. Ou será que não? Desde Maio, mon Dieu!, que não se diz uma palavra...


Fig. 1 - Aspecto de um fosfolípido.

Pois é. Então, como disse, um pouco de bioquímica. Estava a rever a constituição das membranas celulares quando (eis senão quando) me surge a imponente ânsia de construir um fosfolípido. Possesso, dirigi-me ao kit de modelos de química orgânica e, com muito jeitinho, carbono ante carbono, lá foi surgindo o boneco que agora podem ver representado na figura 1 (o que está por trás é um desenho do Systema Mundi Tychonicum, ou seja, o mundo segundo Tycho Brahe, astrónomo dinamarquês do século XVI - na realidade morreu já no século XVII, em 1601, mas considera-se o século anterior dado ter sido neste que toda a sua obra foi desenvolvida). Tirei 16 fotografias! Sim, porque o ângulo nunca era o mais correcto para a visualização, ou porque tinha demasiada luz, ou porque a estúpida da máquina me cortava parte do grupo fosfato em cima... Mas lá consegui. Depois foi a hora da legendagem do filme: vejamos, na molécula existem grupos carbonilo (C=O), ou seja, existem duplas ligações (=). Infelizmente os modelos não me permitiram incorporá-las, por isso tentem imaginar duas barrinhas numa das ligações simples do grupo fosfato (P=O), para que seja dupla - porque é dupla! - e, onde aparecem as bolinhas verdes e as bolinhas vermelhas escolham uma, em cada par, e imaginem também duas barrinhas no lugar da ligação simples para que se torne dupla... (PT Comunicações: de momento não é possível estabelecer a sua ligação dupla. Por favor volte a tentar mais tarde. Obrigado.)

Bom, se não fosse aquele bicho da figura 1, estaríamos em maus lençóis sempre que tomássemos banho. Pois. É que aquilo a que se chama resíduos de ácidos gordos tem uma longa cadeia de carbonos (C) e hidrogénios (H) que não gosta de água, de maneira que está virada para dentro na membrana das nossas células. O grupo fosfato, em contrapartida, adora a companhia da água (hidrófilo - desde que a água não seja menor de idade, senão comete-se hidrofilia, o que seria um pouco embaraçoso para a comunidade molecular...).

Quando o grupo fosfato não está lá e em vez dele temos mais um resíduo de ácido gordo (bem, chama-se resíduo porque é o que resta do ácido gordo, depois de se ligar ao glicerol que, como podem ler, também é residual) ficamos com a matéria-cunhada (porque é que havia de ser prima? Ó messa!) para a construção de pneus (sim, sim, isso aí por baixo do umbigo!), mamas, nádegas rechonchudas, bochechas, enfim, toda uma panóplia de coisas, algumas das quais gostamos mais do que outras.

Se não fossem os lípidos (não temos estado a falar de outra coisa senão deles - fosfolípidos, e.g.) também não pensavamos, porque eles têm uma função importante no cérebro, onde adoptam estruturas ou, se preferirem, conformações (e.g. nas bainhas de mielina, que formam os neurónios) com nomes muito estranhos. Podem também ser ou incorporar neurotransmissores (como a acetilcolina - só para terem referências destas neuro-coisas lembrem-se da dopamina, sem a qual o sexo não seria tão bom como é, e da serotonina, sem a qual teríamos uma extraordinária tendência para jogar a roleta russa...).

Bom, mas a principal função dos lípidos, não esquecer, é energética. Usamos preferencialmente glicose no nosso metabolismo, mas se vivermos a pão e água o corpo começa a consumir-se, decompondo os lípidos - ao que geralmente chamamos queimar gorduras - de forma a permitir que os ciclos não deixem de ser ciclos.

Certo. Isto está a ser muito divertido mas agora tenho de ir cantar em japonês e italiano para o meu quarto. Coisas da vida!

Até breve.

sábado, maio 28, 2005

Um estádio, uma inspiração



Que me lembre só lá fui assistir a um jogo uma única vez... No mínimo estranho: sou setubalense, vitoriano, todos o são na minha alegre moradia, assim como grande parte dos meus amigos. O meu avô, segundo me contou o meu pai, foi um dos fundadores do estádio - tenho inclusivamente uma revista que celebra a inserção de iluminação no recinto onde o meu avô escreveu um artigo acerca do momento. O meu irmão mais velho, assim que nasceu, foi registado como sócio do VFC - pelo meu avô, claro está. Eu, infelizmente, não o conheci: só viria a nascer 8 anos depois... Mas se quiser ser mais actual, que melhor honra não seria ser da mesma cidade e clube que o actual treinador do Chelsea, José Mourinho?... Porém eu pareço ter esta ambígua relação com o futebol. Talvez devido às precauções que tomaram comigo desde cedo - devido à espinha bífida - o escasso contacto com uma bola não me ligou muito ao mundo do desporto. Pratiquei natação na infância, cheguei mesmo a destacar-me como nadador, mas acabei por abandonar as piscinas de 25 metros do Naval devido a uma série de viroses e recaídas que, na altura, foram atribuídas pelo médico e pelos meus pais às constantes correntes de ar a que estava sujeito - porque os balneários atravessavam a entrada no local, do lado do Sado. Enfim... Mais que não fosse, a Educação Física foi a minha cruz das disciplinas, já que por indicação médica estava proíbido de frequentar as aulas práticas. Ao fim duns anos acabei por lhe devotar um certo ódio que, pelos vistos, se tornou numa constante durante muito tempo. Hoje reconheço o valor do desporto, escolar ou não, para a saúde. Mas continuo a resumir o fenómeno do futebol, como espectáculo, a mais um daqueles jeitos humanos: sem lógica, com lógica, tanto faz, fazêmo-lo na mesma... Uma movimentação excessiva de dinheiro, mal empregue. Mas enfim. Se fosse a Madalena, estava já mais que apedrejado.

Lembro-me de algumas tardes, na altura em que o Vitória atravessava um bom momento e o meu pai ia assistir à maioria dos jogos em casa, tardes nas quais eu ia um pouco mais cedo com a minha mãe buscá-lo ao estádio e lá entrava, sorrateiramente - mas o polícia não dizia nada, o futebol é isto, camaradagem... - e via os últimos momentos de êxtase das equipas depois de mais de hora e meia de actuação nesse palco verde, através das grades cinzentas (ou seriam brancas?) que se interpunham. O que é de facto extraordinário no VFC é o tipo de adesão da família vitoriana - os seus adeptos. Um extremo positivismo quando tudo corre bem... Se a lei de Murphy surge e estraga a festa, mais parece uma família de mafiosos, pois escorrega tudo para o extremo oposto ao primeiro. A relação amor-ódio. Contudo estas são apenas observações pouco cuidadas de alguém que não vive o evento. Não há como destituir alguém de uma ideia tão fixa. É de facto possível pertencer-se a algo por escrito ou falado, e não do coração. Não leio as notícias do desporto nos jornais. Discuto algumas questões, por vezes, com o meu pai, eventualmente com o RV, mas pouco mais. Fórmula 1, ténis, voleibol, NBA, ciclismo, atletismo, natação... Não há lugar no meu coração para nada disso. São desportos, fazem bem à saúde (sem dopping nem exageros). E é tudo, no que me toca.

Do estádio do Bonfim ouviu-se falar numa conversão em centro comercial. Também já falaram na possível transformação da escola Secundária de Sebastião da Gama num hotel, frente ao jardim - muito convidativo, com o shopping (ou será "chópingue" que se escreve agora?) logo do outro lado! Vale da Rosa seria a localização do novo estádio do nosso clube... Boatos, enfim.

Enquanto é tempo e há actividade, deliciem-se com mais uma fotografia tirada pelo RV:



E façam muito desporto! :)

quinta-feira, maio 19, 2005

"The board is set, the pieces are moving."



THE BEGINNING...

O início deste blog deu-se, ao contrário do que é possível, com a escolha do nome... De forma atribulada, como convém. A verdade é que - e o Iscspiano 200048 que me perdoe - pegámos no dicionário do Círculo de Leitores composto por dois volumes (1º tomo - de A a L; 2º tomo - de M a Z), cada um com o seu - ele ficou com o 1º e eu com o 2º - e pusemo-nos na senda de palavras estranhas com significados de uso comum... Acabámos a falar de futebol (nosso velho costume - e daí o atribulado usado no início) e sem tempo para terminar o programa de festas que, neste caso, tinha apenas um ponto: determinar o nome do nosso blog. Finais Difíceis, pois então... Tantas foram as sugestões apontadas (se observarem com atenção a imagem acima, a caligrafia é diferente na coluna da esquerda para a da direita - a esquerda é minha, a direita do Iscspiano 200048, sem que estas palavras tenham qualquer relação com política) dizia, tantas sugestões e a primeira acabou por ser a escolhida, paradoxalmente pela dificuldade da escolha.

A pedido do Iscspiano 200048, aqui fica uma listagem dos nomes provavelmente ilegíveis na fotografia:


E portanto, como lêem, palavras mais compreensíveis... não há! Convido-vos vivamente a procurarem o significado destes vocábulos no dicionário, alguns deles são bastante interessantes.

Por enquanto é só. Alguma coisa a acrescentar terá de ser, por hora, com o meu companheiro. Esta será, pois, a única vez que assino. A partir de agora as assinaturas serão inutilizadas pelo uso de uma cor diferente associada a cada contributor. Até breve.

BM

A verdade é que toda a gente usa as mesmas expressões e as mesmas frases no ínicio dos blogues. Que não sabem o que isto vai ser, que é só uma experiência, que ninguém vai ler e outras coisas do género. Mas depois lá vem o bichinho e o blogue nunca mais acaba.

Se os finais de conversa com o BM são sempre difíceis, o início deste blogue também o foi. ou pelo menos foi atribulado. A culpa da dificuldade ou morre solteira ou é deste mundo que é enorme e sujeito a conversas intermináveis.

Não vou adiantar muito do que vai ser este blogue. A seu tempo, os leitores terão oportunidade de ver o que é e o que não é.

Vai ser baseado em fotografias que ambos formos tirando com a mini-máquina do BM. Mini,mas boa e mais do que suficiente para alimentar textos. A grande vantagem é que não nos temos de preocupar com os direitos de autor.

Algures neste mundo uma bimbalhada está aser tocada em honra deste blogue...

Iscspiano 200048